sábado, 18 de setembro de 2010

Balada para Adeline



Existem à nossa volta muitas Adeline!...  Borreguinhas cheias de graça, de bondade, de manisfesta boa vontade, repletas de sorrisos e de meiguice…  mas de bronze, frias e calculistas... Muitos chicos-espertos, que se julgam os mais espertos, ao abocanhá-las, partem ruidosamente dos dentes.
Balada para Adeline… uma adeline da DCS do Montepio Geral:
“No jardim do infantado
quase noite num caminho,
senhor lobo esfomeado
encontrou um cordeirinho.

Excitado, olhar ardente,
nem usou meias razões,
dá um salto, ferra o dente,
cai pró lado aos safanões.

- Que desdita! Que vilão!
Por Esopo, La Fontaine,
vingarei esta traição.

O cordeiro era de bronze:
Ai os dentes que partiu,
um dois três, somaram onze!”

(Nota:  Solicitamos ao autor destes versos a devida autorização, que nos concedeu amavelmente tão só pedindo o anonimato, para os inserir neste blogue. Ao autor destes versos os nosso muito obrigado. A. P./L.A.)

Fitch coloca Montepio sob vigilância negativa

05/08/10, 09:10
OJE/Lusa


A agência de notação financeira Fitch Ratings anuncia que, no seguimento do anúncio preliminar do lançamento de uma operação pública de aquisição (OPA) sobre o Finibanco, o Montepio passou a estar sob vigilância negativa.
"Na visão da Fitch, no curto prazo, o grupo Montepio Geral terá de enfrentar o desafio de integrar as operações do Finibanco numa altura em que o ambiente operacional em Portugal permanecerá difícil", explica a agência de rating.

Porém a Fitch considera que, "no longo prazo, a aquisição deverá ser positiva para o Montepio, já que aumentará substancialmente a sua rede de agências, (...), atrairá depósitos para o Montepio Geral e ajudará a diversificar o portefólio de crédito a pequenas e médias empresas (PME) do Montepio".

"Também fornecerá uma maior diversificação para fora de Portugal, nomeadamente, em Angola, e aumentará as quotas de mercado do grupo nos seguros e na gestão de activos", acrescenta.

Já o Finibanco foi colocado sob vigilância positiva, uma vez que a Fitch acredita que o banco controlado pela família Costa Leite sairá beneficiado da operação, uma vez que "vai fazer parte de um grupo financeiramente mais forte".

"Assumindo que a OPA terá sucesso, a Fitch espera retirar a vigilância quando a fusão entre o Montepio Geral e o Finibanco estiver completa, o que deverá acontecer na primeira metade de 2011", anuncia a agência.

A Fitch sublinha ainda que, no final de 2009, o Montepio Geral tinha um total de activos de 17,2 mil milhões de euros e uma quota de mercado no crédito e nos depósitos próxima de 5% do mercado português (cerca de 8% no crédito à habitação), ao passo que o Finibanco detinha activos totais de 3,2 mil milhões de euros e uma quota de mercado de cerca de 1%.

"Ambas as entidades estão, sobretudo, focadas na banca de retalho no mercado doméstico", salienta a Fitch, ainda que especificando que o Montepio Geral se centra no crédito à habitação e ao crédito à construção, enquanto o Finibanco está largamente focado no crédito às PME e no crédito ao consumo.

O Montepio confirmou na passada sexta-feira o lançamento de oferta pública de aquisição (OPA) sobre o Finibanco, oferecendo 1,95 euros por acção, num total de 341,25 milhões, condicionando a oferta à compra de pelo menos 75% do capital.

A cotação das acções do Finibanco fechou a sessão de hoje inalterada nos 1,91 euros, que é o valor mais alto desde Maio do ano passado, tendo sido transaccionados mais de 500.000 papéis durante o dia de ontem.


Aquição do FINIBANCO... um relatório para gulosos e jeitosos!


Sede: Rua Júlio Dinis, 157 – 4050-323 PORTO Capital Social: EUR 175.000.000,00 Matrícula na Conservatória do Registo Comercial do Porto e Pessoa Colectiva nº 502 090 243
Relatório do Conselho de Administração
Sobre a oportunidade e as condições da Oferta Pública Geral de Aquisição de acções representativas do capital social do Finibanco Holding lançada pelo Montepio Geral – Associação Mutualista, IPSS, elaborado nos termos e para os efeitos do artigo 181.º do Código dos Valores Mobiliários


http://www.finibanco.pt/imagensPub/PDF_OPA_Montepio_RelatorioCA_Finibanco.pdf

Ver e meditar... e esperar para ver!

domingo, 22 de agosto de 2010

 




27/09/2009 Suplemento económico


Montepio Geral investiu 30 milhões de euros em fundos da Ongoing

Por Cristina Ferreira e Ana Brito

Depois da Portugal Telecom e do Banco Espírito Santo, também a associação mutualista Montepio Geral realizou aplicações em fundo liderado por Nuno Vasconcellos


"O Montepio Geral investiu no final do ano passado 30 milhões de euros no Fundo Ongoing International, com sede no Luxemburgo, mas que aparece registado nas contas do banco mutualista na rubrica fundos de investimento nacionais. A CMVM garante que se trata de um fundo estrangeiro fiscalizado pelo Financial Service Authority (regulador britânico), e não pelo regulador português, enquanto a associação mutualista não responde.

O investimento do Montepio Geral (MG), realizado no final de 2008, junta-se aos efectuados pelo BES (cerca de 180 milhões de euros) e pela Portugal Telecom (75 milhões de euros) em fundos deprivate equity geridos pela Ongoing International. Já a Associação Mutualista MG realizou o investimento através do banco Montepio (e não por via da sua sociedade gestora de fundos, Futuro), controlado pela Caixa Económica MG. Na administração do MG, liderada por Tomás Correia, as aplicações em fundos são do pelouro de José Almeida Serra.

Os 30 milhões de euros que o Montepio canalizou para a Ongoing constam do relatório e contas de 2008 da mútua, na rubrica fundos de investimentos nacionais, isto apesar de se tratar do Fundo Ongoing International - Class A. Mas de acordo com informações veiculadas pela própria holding de Nuno Vasconcellos, a Ongoing International "é um SICAV, um fundo de investimento sediado no Luxemburgo, regulado pelo respectivo quadro legislativo e supervisionado pela autoridade local competente, CSSF - Commission de Surveillance du Secteur Financier".

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que regula o mercado de capitais português, contactada para se pronunciar sobre esta matéria, explicou que "o Fundo Ongoing International não é supervisionado pela CMVM mas sim pela FSA, dado tratar-se de um fundo estrangeiro". A CMVM adiantou ainda "que as contas do MG não estão sujeitas à supervisão da CMVM uma vez que os valores mobiliários por ele emitidos e admitidos à negociação em mercado regulamentado têm valor nominal igual ou superior a 50 mil euros". E, por se tratar de uma instituição de crédito, "as contas do MG são supervisionadas pelo Banco de Portugal (BdP)".

Por seu lado, o BdP, inquirido sobre esta matéria, esclareceu que "a aprovação das contas compete aos órgãos próprios do MG, sendo certificadas por um auditor externo".

Quanto ao MG, fonte oficial afirmou ser impossível responder em tempo útil à questão, pelo que fica por fundamentar o investimento em fundos da Ongoing, não esclarecendo ainda a razão pela qual o Fundo Ongoing International surge nas contas de 2008 na rubrica fundos de investimento nacionais.

Ao que o PÚBLICO apurou, entre os activos da carteira do Fundo Ongoing International encontram-se acções da PT avaliadas a 12 euros (os títulos da PT encerraram ontem a valer 7,7 euros na bolsa de Lisboa).

Ao canalizarem verbas para sociedades de private equity controladas pela Ongoing, o BES, a PT e o Montepio permitem a Nuno Vasconcellos e Rafael Mora, presidente e vice-presidente da Ongoing, respectivamente, se assim entenderem, realizarem investimentos sem recorrer ao endividamento bancário. Em teoria, BES, PT e Montepio tornam-se assim parceiros da Ongoing nos veículos de capital de risco onde investem (têm associados um maior risco, mas deverão beneficiar de taxas de rentabilidade mais atractivas).

Informações disponibilizadas no siteda Ongoing esclarecem que os investimentos da Ongoing International centram-se na África do Sul, Angola e Brasil, nas áreas do imobiliário, infra-estruturas e energia, entre outros.

Em declarações recentes, Nuno Vasconcellos afirmou que o objectivo é chegar ao final do próximo ano com cerca de mil milhões de euros de activos sob gestão, mas escusou revelar os investidores do fundo. Já a Caixa Geral de Depósitos (CGD), segundo apurou o PÚBLICO, optou por não realizar aplicações em fundos da Ongoing, alegadamente por ausência de informação relevante sobre os veículos receptores das verbas. Uma decisão a que não será alheio o recente diferendo que rebentou na PT a propósito de uma iniciativa do administrador executivo da CGD, Jorge Tomé, representante do banco público na operadora.

Recorde-se que o PÚBLICO revelou, na sua edição de 14 de Outubro, que Jorge Tomé contestou em conselho de administração da PT realizado no Verão a decisão de aplicar verbas associadas a fundos complementares de segurança social (reformas e saúde) da operadora de telecomunicações na Ongoing. Isto por entender que a decisão não passou pelo crivo do comité de investimentos da PT.

Jorge Tomé, que assumiu funções neste comité em Abril, acabou por pedir a demissão, depois de os administradores da PT Soares Carneiro (executivo) e Rafael Mora (não executivo) o terem desmentido publicamente. Soares Carneiro, que é líder do Comité de Investimentos, afirmou que a aplicação da PT Prestações em fundos da Ongoing tinha recebido o parecer favorável do comité de investimento.

Já este fim-de-semana Henrique Granadeiro veio lançar mais achas para a fogueira ao admitir, em entrevista ao Expresso, que o processo de investimento da PT em fundos da Ongoing foi mal conduzido porque uma dastranches (de 35 milhões de euros) não foi escrutinada pelo Comité de Investimentos, um caso único desde 2004, data da criação da PT Prestações, a sociedade que gere os fundos relacionados com a saúde e de onde partiu o investimento."

Sem comemntários... e comentários para quê?

sábado, 21 de agosto de 2010

O MONTEPIO moderno

O MONTEPIO moderno é fruto do trabalho, reflexão e valores pessoais de uma equipa liderada durante 15 anos pelo Dr. António da Costa Leal.


“Costa Leal representou um dos períodos de maior expansão da história do Montepio. Liderou a administração do banco (do Montepio) entre 1989 e 2003 e, nesse período de tempo, aumentou de 37 para 286 o número de balcões e de 18 mil para mais de 215 mil o número de associados.” (in Jornal de Notícias, de 8/02/2007)

No livro "António Costa Leal", edição da Comissão de Homenagem a António Costa Leal, afirma-se que os 15 anos que acompanham o mandato deste homem genial são 15 anos de ouro para o Montepio Geral e para a sua Caixa Económica.

"O número de associados multiplicou-se por 10;
O activo líquido da Associação Mutualista por 20, ultrapassando os mil milhões de euros;
Os depósitos de clientes por 7;
O crédito por 10;
O número de balcões por 10;
O número de trabalhadores duplicou" (pg. 108).

Foi com António Costa Leal que o Montepio integrou os balcões da Caixa Económica Açoriana, situados no arquipélago, e os seus trabalhadores, o que constituiu uma prestimosa mais-valia para a Instituição, em experiência na área das empresas, papel comercial e relações com o estrangeiro, áreas onde a CEMG dava ao tempo os primeiros passos.

O MONTEPIO moderno nada deve aos senhores do CA, no (des)poder desde 2004, empenhados  numa gestão desastrosa e aventureira dos destinos e bens da Instituição.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Reciclagem de resíduos sólidos bancários

O negócio da reciclagem dos resíduos sólidos (vulgo: lixo) presta-se a tudo: dá milhões, dá para receber milhões em subsídios, dá para não se reciclar nada ou quase nada, dá para se receber medalhas e comendas no 10 de Junho, dá para se ir para a cadeia… dá para tudo!


O CA do Montepio agarrou na Instituição e no dinheiro do Monteipio, mas que não lhe pertence, e decidiu fazer – assim anunciou - a reciclagem dos resíduos sólidos bancários: vai adquirir o Finibanco e reciclar este banco numa rede para clientes empresas, prepara-se para adquirir o BPN (um banco falido ou em vias disso(!) e detentor de um monte de empresas falidas ou em vias disso, lembremo-nos da SLN, uma entre tantas) e necessariamente terá que reciclar este enorme resíduo bancário em qualquer coisa, que ainda não sabemos o quê.

Conhecemos os Estatutos do Montepio Associação e da Caixa Económica Montepio Geral e sabemos que o objecto social do Montepio não é a reciclagem de resíduos sólidos.

Não é preciso sermos Presidentes ou Administradores do Montepio para sabermos que estes negócios são ruinosos para o Grupo Montepio e o CA do Montepio e o seu Presidente sabem que é assim. Só não compreendemos porque estes senhores insistem em comprar os resíduos sólidos da nossa praça financeira. Ou talvez até compreendemos.

Negócios que dão um jeito do caraças!

Um rede de balcões para clientes jeitosos?

BIC estuda corrida pela privatização do Português de Negócios

por Nuno Aguiar, Publicado em 19 de Agosto de 2010


“O único banco português que confirmou até ao momento o interesse no BPN foi o Montepio Geral, que tem já uma oferta pública de aquisição a correr sobre o capital do Finibanco. O líder do Montepio, Tomás Correia, já reafirmou a intenção de levantar o caderno de encargos, garantido que o banco tem condições de apresentar oferta.”

Ver em: http://www.destakes.com/redir/208987410325be994a2891ec0d69c61d

Com a aquisição do Finibanco, o Montepio fica com uma sobreposição de balcões (relação Finibanco – Montepio) na ordem dos 80%. Mas o presidente do Montepio, Sr. Tomás Correia, vem dizer: “faremos uma rede de balcões de empresa”. Estamos sentados para ver!

Com a eventual aquisição do BPN ou parte dele, o Montepio ficaria com uma sobreposição de balcões (relação BPN – Montepio + Finibanco) de 99 ou 100%.

Muito provavelmente o presidente do Montepio dirá: “faremos uma rede de balcões para… só para clientes VIP… ou só para clientes políticos e gestores de empresas públicas… ou até só para clientes jeitosos, que é o que está a dar.

Estamos curiosos em saber! Continuamos a ficar sentados.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

"Esta é mais uma etapa no crescimento do Montepio" - Tomás Correia

por Agência Lusa, Publicado em 02 de Agosto de 2010


Quanto à eventual sobreposição ao nível da rede de agências das duas instituições, o presidente do Montepio explicou que "alguma da sobreposição que existe, cerca de 20 balcões, será eliminada com a criação de uma rede de empresas".

Ver: http://www.ionline.pt/conteudo/72172-esta-e-mais-uma-etapa-no-crescimento-do-montepio---tomas-correia

Fui ver se o Sr. Presidente do Montepio Tomás Correia falava verdade ou tinha a consciência da realidade.

Balcões do Finibanco no Distrito de Setúbal: em Almada, Barreiro, Corroios, Setúbal e Sines. São 5 balcões, 4 sobreposições.

Balcões do Finibanco no Distrito de Santarém: em Abrantes, Benavente, Cartaxo, Fátima, Ourém, Porto Alto, Santarém, Tomar e Torres Novas. São 9 balcões, 7 sobreposições.

Balcões do Finibanco no Distrito de Évora: em Évora. Temos 1 balcão, 1 sobreposição.

Balcões do Finibanco no Distrito de Beja: em Beja e Serpa. São 2 balcões, 1 sobreposição.

Balcões do Finibanco no Distrito de Faro: em Albufeira, Alfandanga (Moncarapacho), Faro, Guia, Lagos, Loulé, Portimão, Olhão, São Brás de Alportel, Tavira, Vale do Lobo (Almancil), Vila Real Santo António. São 12 Balcões, 8 sobreposições.

Só nestes 5 distritos, já temos 29 balcões e 21 sobreposições.

Nos Distritos de Lisboa e Porto, as sobreposições são quase a 100%. Verifiquem se faz favor. Façam como eu, não falem de cor. Passem por um balcão do Finibanco e outro do Montepio, peçam um folheto da rede de balcões destes Bancos e comparem as duas redes Finibanco e Montepio.

O Sr Presidente do Montepio Tomás Correia mentiu à imprensa a 2 de Agosto… ou então está rodeado de capangas que lhe escondem a realidade e lhe dizem “sim ó meu” a tudo!



António Porto / Luis Almeida